Felicidade Efêmera.

22/01/2013 21:05

Estava a andar numa noite escura e sombria, perdido em amargas lembranças e pensamentos melosos quando ela apareceu. Era como se as trevas, que ali me cercavam, começassem a dissipar-se com sua luz.
- Oh! Criatura alada e de brilho reluzente. Que do céu, em meio às nuvens, desceu em minha direção como a lua saúda o poente ao final da noite, para assolar e espantar os demônios de minha alma. Tu és Linda!
Maravilhado com sua maestria e beleza inimaginável fiquei, quando a vi. Seus olhos, que hipnotizavam, penetraram em minh’alma dando-me a paz de espírito que precisava.
- Agora, Voe fada! Voe pra mim! Voe! Mas prometa que sempre irá voltar pra mim.
E ela voava, emanando sua harmonia que me contaminava. Foram dias maravilhosos... Inesquecíveis! Mas os dias se passavam e algo parecia não estar certo. O brilho que antes cintilava de tão intenso já não passava mais de um pequeno feixe de luz. Seus olhos pareciam pesarosos e sem ânimo algum. Foi quando notei que sua liberdade eu havia roubado e seu gosto pela vida tinha-lhe escamoteado. O peito me foi partido pela culpa.
- Vá Fada! Voe novamente! Voe livre e não olhe pra trás. Vá! Voe para onde quiser. Voe até onde seu coração está! Vá ser feliz! Pois o desejo que guardo comigo vou renunciar e por ti guardo a esperança de que um dia possa retornar.
E com o agitar das asas, levantou vôo e aos poucos foi sumindo no horizonte, levando consigo a alegria e a paz de espírito que me trouxera.
Uma coisa eu aprendi, é que a felicidade um dia vem, mas às vezes o que sempre almejamos, temos que um dia deixar partir, pois, assim como o passarinho preso na gaiola não está satisfeito com sua limitação, assim é o coração de quem está preso a um amor que não é correspondido.


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